𝗣𝗼𝗲́𝘁𝗶𝗰𝗼 𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗹𝗶́𝘁𝗶𝗰𝗼?

Curadoria de João Baeta,2020

 

24 artistas x 48 obras x 48 mupis espalhados pela cidade do Porto

 

António Caramelo,  António Olaio, Carla Castiajo, Carolina Grilo Santos, Carmo Azeredo & André Covas, Cristina Regadas, Diana Carvalho, Fabrizio Matos, Horácio Frutuoso, Isaque Pinheiro, Israel Pimenta, João Fonte Santa, João Gigante, José Maçãs de Carvalho, Luísa Abreu, Maria Trabulo, Max Fernandes, Miguel Januário, Paulo Mendes, Pedro Magalhães, Pedro Tudela,  Reis Valdrez, Sara & André, Susana Chiocca

Os artistas através das suas obras produzem mutabilidades, acidentalidades, apresentam-nos frequentemente novas cartografias. Confrontam-nos com novas probabilidades de existência das coisas do mundo, através de formas sensíveis que agem e nos convidam – por vezes obrigam-  a ver o que antes não era visível, logo a sentir e a pensar de outro modo.

O resultado desse confronto, coloca-nos muitas vezes perante o desenvolvimento de forças invisíveis que fazem vibrar, criar ressonâncias,  forças plásticas que podem agir sobre o corpo-indivíduo, multiplicando possibilidades conscientes e da inconsciência no corpo-coletivo, de cada lugar e de cada comunidade.

Os artistas ao colocarem as suas obras no espaço público, nesses dispositivos utilizados pela publicidade, os MUPIs, com a sua escala humana, confrontam, interpelam, inevitavelmente  aqueles que passam, – se assim o desejarem- ,  com uma função alterada; ficam diante duma outra «coisa».  Uma presença que por existir no espaço sensível que é o espaço público, pode revelar as coincidências existentes entre o fazer poético e a ação política.