transvio

Da imagem  ao ato performativo.

 

Um espaço habitado é na sua essência um local de passagem, onde o cruzamento de identidades se transforma no colapso sensitivo da acção. Descrever este espaço é pensa-lo no que remete ao campo sonoro e visual. As direcções dos elementos adjacentes são descodificadas pelo sensitivo máximo e instantâneo, onde a sua percepção é apenas definida pelo momento performativo. Interessa trabalhar o espaço de uma forma visual e sonora, fazendo com que estes conceitos se cruzem. A acção fará a relação entre o autor e o espaço onde este se encontra.

O transvio é uma procura constante de uma questão temporal e geográfica. Interessam-me estes conceitos e esse é o fundamento principal do trabalho. Pós imagem acontecem diferentes momentos de apresentação de um paralelismo estético, mas a imagem ganha sempre a sua posição, o limiar de tudo. Este trabalho reflecte um fecho de algumas propostas anteriormente desenvolvidas e de que forma posso fechar mentalmente certos raciocínios. Era momento de cessar, de criar um término, ainda que um pouco aberto.

Transvio, desloco-me: estou no lugar, onde devo e quero estar.