UM LUGAR QUE SE DESENHA

Um lugar que se desenha”: um ensaio visual sobre o território e as suas particularidades demográficas e organizacionais. Os campos de futebol de terra batida são parte de uma construção imagética. Inquieta a variação de campo para campo, a baliza como charneira, como apoio na perceção desta mutação do lugar. Ou seja, estes lugares, com funções semelhantes, ganham características próprias e díspares. Estas variações e alterações da paisagem refletem o percurso do autor no lugar.

Encontrar, arquivar e seleccionar. As imagens que resultam desta pesquisa enquadram-se pela presença de um rectângulo central (baliza), que dá forma à construção e sequenciação dos lugares fotografados. As imagens desenham-se pelo enquadramento desta forma já existente no espaço: quem decide o enquadramento? O autor ou a forma? Esta dualidade é fulcral para a percepção da estrutura fotográfica apresentada. A abstratização para uma representação de um determinado território. Um trabalho em torno dos percursos pelo lugar como forma de percepção e representação do mesmo.